sábado, 9 de abril de 2011

SÍNTESE DO DNA DO CARMELO

SÍNTESE DO DNA DO CARMELO,
ELABORADA POR FREI FRANCISCO SALES

1. Peregrinação.
Os primeiros Carmelitas são peregrinos, homens inconformados com um modelo de viver a fé que, movidos pelo desejo de seguir a Jesus de forma mais radical, buscam na Terra Santa, o Santo da Terra. Constroem o novo, aventuram-se para garantir a autenticidade de sua fé. O Carmelita é por natureza um inquieto, peregrino, inconformado com a mesmice da fé e da história, aventureiro do Absoluto.

2 Grupo.
No Carmelo na há um líder carismático, um fundador no estrito senso da Palavra. Há um grupo que, movido por um desejo comum de fidelidade ao Evangelho, encontram-se e constroem um modo de vida. Para o Carmelita, a razão da vida tem sua fonte numa comunidade e está necessariamente direcionada para a construção da fraternidade.

3. Corações famintos.
Nós não conhecemos os nomes dos primeiros Carmelitas, mas podemos conhecer seus corações marcados por uma fome. Foram marcados por uma profunda experiência de conversão, saíram do bulício das cidades para viverem na solidão, iniciando uma vida juntos com o intuito de responderem à fome profunda de seus corações.

4. Monte Carmelo.
O caminho Carmelita passa necessariamente pelo monte, com todos os significados que a espiritualidade bíblica a ele atribui. É o lugar da parada dos peregrinos, da subida, da jornada para a comunhão com o Senhor, etc. O Monte confere ao grupo um nome, uma identidade, uma terra. Eles irão levá-lo a todos os recantos por onde se espalham, fazendo se suas habitações outros carmelos, lugares evocativos da aventura inicial.

5. Fonte de Elias.
O ponto de parada dos primeiros Carmelitas é a fonte do Profeta, marco memorial dos grandes feitos de Elias. Ao redor da fonte saciam aquela sede mais intensa e, à imitação de Elias, deixam-se consumir de ardente zelo pelo Senhor Deus dos Exércitos.

6. Celas.
Espaço de solidão e de cultivo da intimidade e do encontro com Deus, chão, no qual se nutre a vida através da lectio divina, lugar de luta contra toda forma de escravidão da pessoa e da conquista da liberdade interior.

7. Oratório.
Centro de convergência da vida, lugar celebração do louvor comum que transforma a vida em sacramento da presença de Deus. Espaço para a celebração da Eucaristia, do encontro com o Cristo vivo e presente na presente no Pão partilhado que se transforma em ponto gravitacional de toda a existência.

8. A Senhora do Lugar.
O oratório é consagrado à Virgem Maria e à Senhora eles próprios se consagram. No coração da visão carmelita está Maria, como força de inspiração a quem eles chamam irmã e na qual contemplam como em figura, realizado todo seu desejo de fidelidade ao projeto de Jesus.

9 Um ritmo que orienta a vida.
Viviam em um local aprazível e solitário; distantes o suficiente uns dos outros; dedicavam o seu tempo à oração e reflexão; liam as Escrituras e procuravam marcar com suas linhas os seus corações; jejuavam; trabalhavam e marcavam suas vidas ao compasso do silêncio; reuniam-se diariamente para a eucaristia e semanalmente para revisar a vida à luz do propósito comum; viviam uma vida de pobreza; seu líder era eleito e morava à porta da habitação comum; acolhiam e serviam àqueles que batiam a sua porta. A vida no Monte Carmelo centrava suas vidas dispersas e apaziguava suas mentes confusas, libertando os seus corações das urgências e compulsões do tempo. Viveram quase 100 anos neste rítimo de vida.

10 A Norma de Vida.
A vida vivida foi codificada numa Regra que se transforma no referencial permanente, na Fonte que contém as indicações concretas para a fidelidade, sempre aberta para aqueles que fizerem mais. Mais do que normativa, a Regra é um elemento carismático, indicativo e dinâmico.

11. Viagem de volta.
Diante das dificuldades e perseguições, os carmelitas fizeram a viagem de volta, transfigurados. Deixaram o Carmelo, mas o Carmelo nunca mais os deixou, forjaram uma nova visão do Carmelo, como referencial espiritual de suas vidas. O Carmelita é aquele que, uma vez bebendo da fonte, é capaz de refazer o caminho de volta e recontar a própria história a partir da experiência vivida.

12. Mendicância.
A dinâmica das Ordens Mendicantes é assimilada pelo Carmelo no contexto de sua chegada à Europa. Momento vivido com os conflitos próprios de toda mudança. A Regra é adaptada à nova realidade e mais uma nota é acrescida à sinfonia inicial do Carmelo, incorporando outros elementos, como a itinerância,  a simplicidade de vida, o serviço ao povo de Deus nas realidades desafiadoras da cidades, a  abertura ao inesperado, etc.

Estes referenciais estão como que impressos no coração de cada carmelita, fazem parte se nosso DNA espiritual, como arquétipos simbólicos do dom especial do Carmelo para a Igreja. Em cada contexto, como também no nosso, eles nos provocam continuamente em nossos desejos e impulsos de fidelidade, em nossos projetos e escolhas e nos ajudam, diante dos desafios com os quais nos confrontamos, a recriar o significado de nossa vida e de nossa presença na Igreja e no mundo, mantendo a fidelidade à nossa identidade fontal.

Faz-se necessário que leiamos estas verdades e referencias fontais a partir do concreto de nossa vida. As palavras, os símbolos e os arquétipos só adquirem significado, na medida que nos apropriamos deles e nos permitimos, a partir deles, ser questionados em nossa vivência e em nossas escolhas, confrontando-os e atualizando-os numa viva tensão, movimento constitutivo de nossa história e da dinâmica criativa da Ordem através dos séculos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Catequese do Papa: Teresa do Menino Jesus e a ciência do amor

Papa: ler “História de uma alma”, de Teresinha do Menino Jesus
Apresenta a vida da santa especialmente como guia para os teólogos
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 6 de abril de 2011 (ZENIT.org) - O Papa Bento XVI aconselhou hoje os fiéis a "redescobrir esse pequeno-grande tesouro" da autobiografia de Santa Teresa de Lisieux, "História de uma alma". O Pontífice dedicou sua catequese da audiência geral de hoje, realizada na Praça de São Pedro, a apresentar a vida e os ensinamentos da santa jovem francesa a quem João Paulo II proclamou Doutora da Igreja em 1997.
O Papa polonês a definiu como "especialista na ‘scientia amoris'", uma afirmação sobre a qual Bento XVI aprofundou.
"A ‘pequena Teresa' não deixou de ajudar as almas mais simples, os pequenos, os pobres, os que sofrem e os que rezam a ela, mas também iluminou toda a Igreja, com sua profunda doutrina espiritual."
A "ciência do amor," Teresa "a expressa principalmente no relato da sua vida, publicado um ano depois de sua morte sob o título ‘História de uma Alma'", explicou o Papa, convidando todos a "redescobrir este pequeno-grande tesouro, este luminoso comentário do Evangelho plenamente vivido!".
‘História de uma alma', prosseguiu, "é uma maravilhosa história de amor, contada com tal autenticidade, simplicidade e frescor, que o leitor não pode deixar de ficar fascinado!".
O Papa narrou os principais fatos da vida da santa, desde o seu nascimento, em Alençon (1873), passando pala morte da sua mãe na infância, sua experiência das graças divinas, sua entrada no Carmelo e sua morte, com apenas 24 anos de idade, em 1897.
Pelos ateus
Para Teresa, disse o Papa, ser religiosa "significa ser esposa de Jesus e mãe das almas".
A última fase da sua vida foi marcada pela doença e pela experiência da provação espiritual. Ela "tem a consciência de viver esta grande prova para a salvação de todos os ateus do mundo moderno, chamados por ela de ‘irmãos'", afirmou.
"Também nós, com Santa Teresinha do Menino Jesus, podemos repetir cada dia ao Senhor, que queremos viver de amor a Ele e aos outros, aprender na escola do santos a amar de maneira autêntica e total", afirmou.
Teresa "é um dos ‘pequenos' do Evangelho, que são guiados por Deus nas profundezas do seu mistério".
Em particular, o Papa a propôs como guia "para os que, no povo de Deus, desenvolvem o ministério de teólogos", pois, "com a humildade e a fé, caridade e esperança, Teresa entra continuamente no coração das Sagradas Escrituras, que contêm o mistério de Cristo. E essa leitura da Bíblia, alimentada pela ciência do amor, não se opõe à ciência acadêmica".
"A ciência dos santos, de fato, da qual ela fala na última página de ‘História de uma alma', é a ciência mais alta", acrescentou.
Outro dos traços da santa é sua confiança total em Jesus: "Sim, eu o sinto; inclusive se tivesse sobre a consciência todos os pecados que se podem cometer, iria com o coração partido de arrependimento lançar-me nos braços de Jesus, porque sei o quanto Ele ama o filho pródigo que retorna a Ele", escreveu Teresinha.
Assim, "Teresa indica a todos nós que a vida cristã consiste em viver em plenitude a graça do Batismo, no dom total de si ao amor do Pai, para viver como Cristo, no fogo do Espírito Santo, o seu próprio amor aos outros", concluiu.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Escapulário do Carmo



Um sinal de decisão de viver a vida como servos de Cristo e de Maria.
A Virgem nos ensina :
- a viver abertos a Deus e a sua vontade, manifestada nos acontecimentos da vida;
- a escutar a voz (Palavra) de Deus na Bíblia e na vida, pondo em prática as exigências desta voz;
- a orar fielmente sentindo a presença de Deus em todos os acontecimentos;
- a viver próximo de nossos irmãos e ser solidários com eles em suas necessidades.
- O escapulário introduz na família do Carmelo

Escapulário do  Carmo não é :
- Um amuleto (um objeto para uma proteção mágica);
- Uma garantia automática de salvação;
- Uma desculpa para não viver as exigências da vida cristã, ao contrário;
O Escapulário do Carmo é :
- Um sinal "forte" aprovado pela Igreja há vários séculos e representa nosso compromisso de seguir a Jesus Cristo como Maria:
- abertos a Deus e a sua vontade;
- guiados pela fé, pela esperança e pelo amor;
- solidários aos necessitados;
- orando constantemente e descobrindo a presença de Deus em tudo;
- um sinal que introduz na família do Carmelo;
- um sinal que alimenta a esperança do encontro com Deus na vida eterna sob a proteção de Maria Santíssima.

Origem do Escapulário :
No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo, reuniram-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. Este local é considerado sagrado, desde tempos imemoriais ( Is 33,9;35,2; Mq 7,14), e se tornou célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). A palavra "carmelo" quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e passavam por grandes dificuldades. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, S. Simão Stock, superior geral da Ordem, pediu a Nossa Senhora, um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus inimigos.
Recebeu, então, de Nossa Senhora o escapulário, com a promessa: "Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.
Quem segue Jesus e é devoto de Maria Santíssima, caminha a passos seguros no caminho da salvação. O escapulário é sinal da proteção de Maria.
A festa de Nossa Senhora do Carmo é celebrada todo 16 de julho de cada ano, desde 1332, e foi estendida à Igreja Universal no ano de 1726, pelo papa Bento XIII. O papa João Paulo II, ao declarar que usa o escapulário desde sua juventude, escreve: “O Escapulário é signo de aliança entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao discípulo João”(Jo 19, 25-27).

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ser Carmelita é tudo o que eu quero!

                Entusiasmo que corresponda à realidade dos santos, tudo bem, é uma efusão espontânea de admiração que faz bem ao coração e à fé. A espiritualidade carmelita é um ventre que já deu à luz várias pessoas admiráveis pelo grau máximo de sua fidelidade ao Senhor. A história está aí para comprová-lo a muitos jovens, que procuram seu futuro em mosteiros, conventos e comunidades, em âmbito contemplativo ou em ambiente de vida místico-ativa ou ativo-mística.
                No entusiasmo reside um pouco do sonho que move os corações a voos mais profundos no seguimento dos passos de Jesus. Outras vezes, o que os move mesmo parece ser a fantasia um tanto quanto inocente a respeito do que se acha bonito nos outros, mas não se experimentou na epiderme. Há também aqueles que buscam o passado no presente, como se fosse ótimo repetir as decisões, comportamentos e gestos de personalidades das quais não poderemos ser simplesmente clones. Por mais que se queira ser carmelita, é bom saber que há filtros pelo caminho. Eles podem transformar o entusiasmo em decepção, mudar o caminho em rota desviada, deixar o fervor religioso em nível de desencanto corretivo do emocional. Podem também levar a fazer afirmações que não honrariam nem as figuras do passado, nem os arroubos do presente, nem a verdade de quem já viu e não gostou ou daquele que já viveu e se tornou santo. É bom saber que houve os casos de quem abandonou, mas teve a oportunidade de assegurar-se, no dizer do poeta nacional: “o que dá pra rir, dá pra chorar”, como em todo lugar, como em todas as escolhas da vida; faz parte do comum dos mortais. Em todos os casos, um coração cheio de fé e vontade para servir melhor ao Reino, bem orientado, sempre encontrará razão para afirmar, confiando na palavra de Jesus: “Na casa do meu Pai há muitas moradas. Do contrário, acaso eu vos teria dito que iria preparar-vos o lugar onde ficareis?” (Jo 14,2). E partirá para a descoberta do carisma no qual seu coração livre obterá a afinação de um grande amor.
                Considerada e temperada com um grão de sal a consideração acima, neste biênio vocacional, nossa Província quer fazer alguma coisa que valha a pena. E não há por que ter vergonha de colocar à frente de todos os convites aquele “Venha e beba da fonte” (1 Rs 17,7). Elias foi, bebeu e se tornou, de nome e de fato, o defensor do Deus vivo e verdadeiro, que não admite seus filhos pulando miúdo em duas pernas, quando a fidelidade orante pode divisar ao longe, na nuvenzinha que sobe do mar, a imagem do carmelita — o tudo que um (a) jovem quer ser. Pode chegar, meu irmão. Pode chegar, minha irmã. A fonte é nossa, assim como o petróleo. Nem é preciso decidir-se já por beber da fonte, pois é patrimônio de todos os que se consideram filhos de Deus Pai e irmãos de Jesus e, por isso, desejam ser irmãos de Maria, de Tito Brandsma, de Terezinha da Sagrada Face, de Madalena de Pazzi... São tantos! Passado, presente e futuro se entrelaçam para o (a) receber; e, se acaso não formos muito competentes na acolhida benvinda, eles estão aí, em várias épocas da História, para lhes dar o abraço fraterno de boas-vindas.
                É perfeitamente desejável que ninguém se amarre ao Carmelo, apenas porque deparou com um caminho aberto à frente; as amarras o (a) farão infeliz. Quando alguém disser a si mesmo, ao orientador e ao grupo que “ser carmelita é tudo que eu quero”, o ideal, segundo A. Cencini, ao ficarem as coisas mais claras, é que se perceba a imensa possibilidade de que, em cada etapa, vá amadurecendo sua busca vocacional contida na frase. O clímax ocorrerá na etapa em que a pessoa por inteiro e em conjunto com os irmãos for um hino de louvor e amor a Deus pelo que é e cuja dedicação a Ele é causa da felicidade que impera em seu ser!
Frei Martinho Cortez, 73 anos, carmelita há 55 anos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Visita de Maria Santíssima

Visita de Maria Santíssima    Primeira Parte
                Introdução.
                Um dos fatos marcantes do catolicismo brasileiro foi o florescimento das comunidades eclesiais de base, à época uma maneira nova de se viver o Evangelho e o Cristianismo. Um verdadeiro fenômeno. Por isso mesmo, objeto da atenção e da fúria de forças antagônicas à difusão do caminho de Jesus. Esse fenômeno se apresentava como um quartel de luta contra a injustiça social, de empenho pela libertação integral da população mais pobre e uma experiência inusitada de vida comunitária participativa.
                O fenômeno das CEBs, como era conhecido também, lembrou-me o começo da história da Ordem do Carmo. Dentro do movimento dos pobres, na Europa da época medieval, lá se foi aquele grupo de cristãos, alguns consagrados e outros leigos, fazer parte da corrida para a Palestina, para eles a Terra Santa. O objetivo era estar com os Cruzados, ajudando-os pela oração e pelo sacrifício a recuperar e manter os lugares santos. Ali, aprenderam a viver como os Apóstolos, no seguimento de Jesus Cristo. Ali, organizou-se um estilo de vida de índole comunitária, que afinal foi abençoado pelo bispo de Jerusalém, dom Alberto de Avogadro, e regulada por normas saídas de sua pena. Nascia, assim, uma verdadeira comunidade eclesial de base, nos moldes da época, vivendo as realidades da época, rezando a Deus pela Igreja daquela determinada e específica época.
                A inspiração original revestiu-se da cultura da região em que se localizaram, o monte Carmelo, uma cadeia de montanhas assinaladas pela atuação do profeta Elias, o profeta da experiência de Deus. Para Elias, o Senhor era uma realidade maior do que tudo, a realidade que o impelia a dar assistência a um povo sofrido, desviado de sua fé, mal governado e afastado da esperança.
                A inspiração estava também na capela que lá se construiu e que expressava bem a devoção que os animava em seu estilo de vida: a capela de Santa Maria. Essa mesma Santa Maria que, hoje, visita esta comunidade[1]; a mesma que, chamada por vários nomes e títulos, após séculos de vivência, é hoje invocada de maneira carinhosa por milhares e brasileiros pelo título de Nossa Senhora do Carmo. Hoje, ela visita esta comunidade que recebe o título de uma de suas filhas carmelitas, uma das mais importantes em todos os tempos. A mãe visita a filha; a mãe visita os devotos da filha; a mãe visita seus devotos, neste tempo de graça que é o mês de julho[2].
                Salve, Maria, mãe dos carmelitas e de todos os homens que se dispõem a crer na verdade de Jesus Cristo, seu filho, Filho de Deus! Nós te damos as boas-vindas e te acolhemos primeiro em nosso coração! Quando estivermos venerando teu nome e tua figura ímpar, estarás vendo que a casa de Teresa é tua casa! Estarás vendo que, com Teresa, estamos te oferecendo uma das casas em que teu filho, divinamente, se oferece a nós no véu da eucaristia! Estarás vendo que, a partir da eucaristia, damos graças a Jesus por seres nossa mãe, ó rainha e esplendor dos carmelitas!
             



Por Frei Martinho Cortez, O. Carm